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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ação de vândalos custa caro aos cofres públicos

O gasto mensal da Prefeitura de Irati gira em torno de R$2 mil

Irati
– A constante ação de vândalos gera um prejuízo mensal de aproximadamente R$2 mil para a Prefeitura de Irati. Diariamente são feitos serviços de manutenção e reposição de objetos como placas de trânsito, bancos, lixeiras, luminárias e outros elementos do patrimônio público. Na madrugada da última sexta-feira (12), oito placas de sinalização da ciclovia da Rua Trajano Grácia foram arrancadas por vândalos.
O diretor do Departamento de Arquitetura, Engenharia e Urbanis-mo, Diórgenes Ditrich, conta que os principais pontos do município em que são registradas as ações dos vândalos são a Avenida Perimetral João Stoklos, a Rua Trajano Grácia, a Alameda Virgílio Moreira e a Rua Conselheiro Zacarias. “Normalmen-te eles agem nas sextas-feiras ou sábados durante a madrugada”, completa Ditrich.



Recentemente a Prefeitura Municipal de Irati anunciou que para coibir este tipo de ação, o Município deverá processar os autores dos danos e solicitar judicialmente o ressarcimento. O diretor lembra que através de um bom trabalho realizado pela Polícia Militar (PM) que apreendeu cinco menores que estavam destruindo um poste republicano na Avenida João Stoklos, hoje estes respondem por uma ação judicial. “Os pais foram notificados e terão que ressarcir os cofres públicos. Já aos menores cabe a aplicação de medidas sócio-educativas”, ressalta Ditrich.
Apesar desta ação em que a PM conseguir deter os infratores, o diretor afirma que tanto a Polícia Civil quanto a Militar, deveriam colaborar com um trabalho maior de investigação e de patrulhamento. “Uma ação mais intensa por parte da polícia ajudaria a coibir a ação dos vândalos”, acrescenta.
De acordo com o delegado da 41ª Delegacia de Polícia Civil de Irati, Osmar de Albuquerque Pontes Junior, não são frequentes os casos de vandalismo que chegam até o conhecimento da equipe da Delegacia de Irati. “É necessário que sejam registrados boletins de ocorrência na PM para que nós possamos iniciar o trabalho de investigação”, destaca o delegado.
No caso exemplificado acima em relação aos menores apreendi-dos na Avenida Perimetral, Pontes Junior relata que todos os envolvi-dos foram ouvidos pela Polícia Civil, o inquérito foi instaurado e o processo encontra-se no Fórum aguardando a decisão da Justiça.
“Temos aqui em nossos registros apenas dois casos de vandalismo, ou seja, a Prefeitura precisa formalizar todas estas ações de vândalos através do boletim, e como a maioria dos casos são danos de pequena monta não ocorre esta formalização. Sem isso, estas ocorrências não têm efeito criminal e, portanto, não são investigadas. Além disso, quando iniciamos as investigações encon-tramos muita dificuldade em encontrar os culpados devido à falta de testemunhas”, explica o delegado.
O comandante da 8ª Compa-nhia Independente da Polícia Militar, capitão Renato dos Santos Taborda, afirma que são efetua-dos patrulhamentos diariamente, buscando coibir a destruição do patrimônio público. “Executamos essas ações principalmente em certas áreas da cidade onde foram realizadas benfeitorias pela Prefeitura, como a colocação de placas e iluminação pública”, observa o comandante.
Segundo o capitão várias prisões por vandalismo já foram feitas, mas a legislação é branda nestes casos. Para ele, o problema consiste na falta de educação destas pessoas. “Os objetos que fazem parte do patrimônio público são pagos por nós cidadãos, sendo assim, os consertos também serão arcados por nós”, enfatiza.
Outro fator que contribui para a impunidade é a omissão de possíveis testemunhas que indire-tamente acabam colaborando com a continuidade desse tipo de comportamento. “Ao verificar tal ato de vandalismo, as pessoas deveriam ligar para a PM, indicar o local e dar informações sobre os vândalos. Isso ajudaria muito o nosso trabalho, pois temos dificuldade de estar e de fiscalizar todos locais ao mesmo tempo, fazemos o que está dentro do possível”, conclui Taborda.

Parque de Máquinas
O funcionário da Prefeitura Municipal, Pedro Dibas, é responsável pela manutenção e reposição dos objetos que são danificados pela ação dos vândalos. “Todo dia tem três ou quatro consertos ou reposições para fazer. Mas, em alguns casos são mais, como estas oito placas que foram arrancadas da Trajano Gracia”, diz Dibas.
Em poucos minutos dentro do Parque de Máquinas da Prefeitura Municipal é possível verificar o grande número de objetos que são alvo dos vândalos. O espaço destinado a estes materiais está cada dia menor devido à grande quantidade de placas de trânsito, bancos, lixeiras, luminárias e outros, que chegam diariamente.

TEXTO E FOTOS: MARINA LUKAVY

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