Irati – O Jornal Hoje Centro Sul foi procurado na última segunda-feira (29) por moradores do bairro Vila Nova que tiveram suas casas alagadas. Segundo eles, o motivo seria a falta de uma caneleta na rodovia BR 277 para o escoamento da água. No domingo (28), devido ao grande volume de chuvas, o bueiro localizado na proximidade das casas não suportou e acabou estourando, ocasionando o alagamento das casas.
A dona-de-casa, Arilda Aparecida de Paula, conta que sempre que chove mais forte as casas ficam alagadas, mas que neste dia o alagamento foi maior. Dona Arilda diz que a chuva começou por volta das 19h e que o nível da água aumentou rapidamente. “Tive que tirar minha filha que é doente daqui e, além disso, dois dos meus cães morreram afogados”, lamenta a dona-de-casa.
A vizinha de Arilda, Vilma Pacheco Ribeiro, afirma que na sua casa o nível da água chegou a um metro de altura. “Molhou tudo dentro da minha casa. Os vizinhos vieram ajudar, então tiramos as crianças e a comida que nós conseguimos erguer, o resto ficou boiando”, acrescenta Vilma. Outro fato apontado pelas moradoras é o mau-cheiro, visto que a casa de Arilda não possui esgoto e onde seria o banheiro existe apenas uma privada.
A acusação dos moradores é contra a Concessionária Caminhos do Paraná, que segundo eles trancou as caneletas e fez com que o escoamento da água fosse em direção às casas do bairro. “Provavelmente estourou a cachoeira que tem lá e a água veio toda para nossas casas. Antes enchia por causa da valeta, aí eles a trancaram. Era para fazer uma boca de lobo bem grande, mas isso não segura a correnteza que vem de cima. Vai segurar de que tipo? Acho que algumas coisas podem ser feitas para não encher as casas”, sugere Vilma.
Os moradores do bairro pedem uma solução para este problema para que não percam mais seus móveis e nem coloquem em risco a saúde de suas famílias, um deles encerrou dizendo: “Não queremos que tragam comida, queremos que arrumem para que a gente não sofra mais”.
A assessoria de comunicação da Concessionária Caminhos do Paraná informou que não tinha nenhum conhecimento anterior sobre o fato, mas que entrará em contato com a coordenadoria de engenharia da empresa que fará uma análise técnica para verificar o que está acontecendo no local.
TEXTO: MARINA LUKAVY.
FOTOS: MARINA LUKAVY.
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