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quinta-feira, 1 de abril de 2010

II Conferência Nacional de Cultura aprovou propostas interessantes à região


Centro Sul – Entre os dias 11 e 14 de março ocorreu em Brasília a II Conferência Nacional de Cultura. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez a abertura do evento, que teve 23 delegados representando o Paraná, dentre os quais, dois da região Centro Sul.
De forma similar às conferências municipais e estaduais, na Conferência Nacional de Cultura os debates seguiram cinco eixos temáticos: Produção Simbólica e Diversidade Cultural; Cultura, Cidade e Cidadania; Cultura e Desenvolvimento Sustentável; Cultura e Economia Criativa; Gestão e Institucionalidade da Cultura.
Ocorreram mesas-redondas envolvendo autoridades do setor cultural, como diretores do Ministério da Cultura (Minc); cantores, como Chico César e Zeca Baleiro; atores, como Sergio Mamberti; pesquisadores e colaboradores de universidades; além de integrantes de outras instituições culturais.
Os 851 delegados, representando os estados brasileiros, aprovaram 32 propostas prioritárias que farão parte do texto final da II Conferência Nacional de Cultura. Segundo o Minc, algumas destas propostas poderão servir de incremento às políticas públicas já existentes, outras devem se transformar em projetos de lei para envio ao Congresso Nacional ou, ainda, integrarem ações interministeriais de estímulo a áreas afins, como cultura e educação, por exemplo.

Representantes da região
A professora Mariléia Gartner e o vereador Rafael Lucas participaram como delegados da região Centro Sul. No papel de observador, esteve presente o secretário municipal de Patrimônio Histórico, Turismo, Cultura, Lazer e Desportos, Rafael Ruteski. Segundo ele, uma das principais propostas aprovadas que atingirá a região é a que institui uma Política Pública Específica para o Meio Rural.
Outro aspecto que chamou a atenção, na avaliação do secretário, foi o espaço privilegiado cedido à cultura eslava. “O ministro da Cultura, Juca Ferreira, mostrou imagens de sua visita a Irati, Prudentópolis e Mallet em 2009, dando um destaque significativo ao legado da colonização eslava, dentre as manifestações que demonstram a multiplicidade cultural brasileira”, comentou Ruteski.
Neste contexto, durante as discussões das propostas gerais da II Conferência Nacional de Cultura, a diversidade étnica e a cultura da imigração foram defendidas pelos delegados da região Centro Sul. Isto, considerando a forte presença de características culturais de povos colonizadores como os poloneses, ucranianos, italianos, alemães e holandeses. “O reconhecimento da cultura de imigração no cenário nacional foi um dos aspectos que procuramos valorizar durante as discussões”, afirmou Rafael Lucas. A questão foi bem aceita, segundo ele, e pôde ser inserida entre as propostas prioritárias da conferência.
Outros temas que obtiveram destaque na Conferência Nacional de Cultura foram: a formalização do trabalho na cultura, o incentivo ao ensino de arte nas escolas, a ampliação do acesso a Internet e a necessidade de reformulação da Lei de Direitos Autorais.
Sobre os resultados da conferência e a importância da participação de delegados da região, Ruteski enfatiza a troca de experiências. “A conferência nacional nos aproximou de diversos segmentos culturais de todo país, o que poderá resultar em avanços significativos nas políticas públicas voltadas à cultura”, finaliza.

Pólo de cultura
A possibilidade de que um pólo regional de artes cênicas seja consolidado em Irati surgiu, segundo Rafael Lucas, durante as discussões da Conferência Nacional de Cultura. “Foi o início de um debate relevante, considerando que está em andamento a construção de um espaço de estímulo a produção artística, que é o Centro Cultural Denise Stoklos”, defende Lucas. Segundo ele, além de levar este tema para a II Conferência de Cultura, os representantes de Irati também defenderam a estruturação do pólo regional de artes cênicas, diretamente no Ministério da Cultura, na Comissão de Artes Cênicas.

TEXTO E FOTO: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA PREFEITURA DE IRATI.

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