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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Sobram vagas no Albergue de Irati

A média de atendimento é de 30 pessoas por mês, mas poderiam ser atendidas até 100

Irati – Com uma capacidade para atender até 100 pessoas por mês, o Albergue Municipal de Irati registra uma média de 30 atendimentos. Além de oferecer o pernoite, são disponibilizadas refeições como jantar e café da manhã, e banho.
De acordo com a assistente social responsável técnica pelo albergue, Simone Anciut Pires, o que causou uma diminuição no número de pessoas que precisam pernoitar no local, é o fato de terem surgido novas casas assistenciais como a Casa de Apoio do Consórcio Intermunicipal de Saúde e a Associação do Núcleo de Apoio ao Portador de Câncer de Irati (Anapci).

Para quem precisa pernoitar no albergue, é necessário apenas se dirigir até o local no período das 18h às 22h. “Antes era necessário a pessoa ir até a Delegacia de Polícia Civil para tirar uma certidão que atestava que não tinha nada contra ela. Agora basta vir direto aqui”, explica Simone.
Os serviços oferecidos pelo albergue incluem refeições (jantar e café da manhã) e banho. A cuidadora do albergue, Sarita Dantas Caetano, conta que em alguns casos especiais é servido almoço, porém, somente mediante um encaminhamento da Secretaria de Bem Estar Social.
A assistente social explica que o albergue tem três públicos principais: itinerantes, mães e pessoas do interior. “Os itinerantes ficam aqui por uma ou duas noites no máximo e depois seguem os seus caminhos. São pessoas de outros municípios, estados e até de outros países”, afirma Simone.
Já as mães atendidas são as que têm filhos prematuros, que precisam ficar internados na UTI. “As mães que ficam aqui tem que permanecer o dia todo no hospital para ficar amamentando até que a criança se recupere”, completa a assistente social. As pessoas do interior geralmente são doentes e seus acompanhantes, que precisam pernoitar para pegar o ônibus que vai até Curitiba para poderem fazer tratamento.
Sobre os moradores de rua, Simone ressalta que muitos vão até o albergue para tomar banho e fazer uma refeição, mas não pernoitam no local. “Mesmo no inverno eles não procuram dormir aqui, no máximo tomam banho e se alimentam. Eles escolhem essa vida porque na rua eles têm mais liberdade, e formam uma família. Na rua ficam bebendo e fumando, e como aqui isto não é permitido se sentem como um passarinho na gaiola”, acrescenta a assistente social.

TEXTO E FOTO: MARINA LUKAVY

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