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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Comitê que vai estudar a implantação de pólo tecnológico em Irati é formado

Irati – Representantes da ACIAI, Coordenação Regional da FIEP, Unicentro, IFPR Campus Irati, Colégio Florestal, Escritório Regional do IAP, Câmara de Vereadores, Prefeitura Municipal, empresários e imprensa local reuniram-se no último dia 04 com o prefeito Sergio Stoklos, a vice-prefeita Marisa Lucas, o secretário municipal de Indústria e Comércio, José Tadeu Jenczmionki e o consultor do Sebrae, Edison Carlos Charavara. O objetivo foi começar a delinear o projeto de implantação de um pólo tecnológico em Irati – ideia fomentada pela administra-ção municipal quando promoveu para este grupo, no mês de março, uma viagem a Pato Branco, que se tornou referência em produção de tecnologia da informação.
Na ocasião, os iratienses tiveram oportunidade de conhecer a incubadora de empresas que funciona na UTFPR, o Núcleo de Tecnologia da Informação e a Pato Branco Tecnópole, organização não governamental que visa induzir o desenvolvimento do município, aliando conhecimento, desenvol-vimento econômico e qualidade de vida. A Tecnópole é responsável pela gestão do projeto do Parque Tecnológico de Pato Branco – trata-se de um conjunto de empresas, universidades e instituições as-sociadas para criar ambiente favorável à inovação permanente, com foco nos setores de biotecno-logia e tecnologia da informação e comunicação.
Durante a reunião do dia 04, o consultor do Sebrae, Edison Cha-ravara, lembrou que o grupo se propôs a encontrar e investir em “um caminho tecnológico para Irati, não em uma cópia do pólo de tecnologia de softwares de Pato Branco”. O prefeito Sergio Stoklos disse aos presentes que “a de-finição dos setores que passarão a ser desenvolvidos tem que partir de vocês para ter credibilidade e sustentabilidade”. “O projeto”, continuou Stoklos, “não pode ser imposto pelo Sebrae ou pela Prefeitura, pois já fizemos o que cabe ao poder público: induzir as ações para Irati se transformar em pólo tecnológico em algum setor”.
“Eu acredito nesse projeto e em nossa região, e juntos vamos trabalhar para fazer as coisas acontecerem para mudar a realida-de. Precisamos fazer que o Brasil e o mundo sejam compradores de nossos produtos, mas temos que ter o que oferecer, definir o produto e os meios de produção – essa é a discussão”, afirmou Stoklos.
Ele ressaltou a necessidade de agregar valor aos produtos locais e regionais. “Em vez de madeira bruta, por exemplo, precisamos exportar o móvel pronto, que tem maior valor agregado por levar tecnologia, mão de obra especiali-zada e novos valores”. Como a prefeitura de Inácio Martins também estava repre-sentada na viagem a Pato Branco e na reunião do dia 04, o grupo decidiu tratar o projeto como regional, já que Irati e região possuem características geográficas, culturais e sociais semelhantes.
O consultor do Sebrae, Edison Charavara, que acompanhou a viagem a Pato Branco e assessorou a implantação de pólos tecnológicos em outras regiões, alertou o grupo da necessidade de visão de futuro e planejamento para um período de dez anos, sem deixar a responsabilidade apenas com prefeito e vereadores. “O prefeito deve atuar apenas como articula-dor político, sem liderar o processo. E em alguns anos, prefeito e vereadores poderão não estar mais à frente do município”, pontuou.
Um comitê gestor provisório foi formado com representantes das entidades e instituições presentes, sob a coordenação, também provi-sória, do secretário de Indústria e Comércio, José Tadeu Jenczmion-ki. A próxima reunião está marcada para o dia 26 deste mês, em local a ser definido. As discussões irão enfocar: modelo legal do comitê gestor; identificação das cadeias produtivas existentes (mesmo que informais) na região e seus mercados; apresentação de estudos e pesquisas; e definição da área de atuação.

TEXTO E FOTO: ASS. DE COMUNICAÇÃO DE IRATI.

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