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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Conselho de Sanidade Agropecuária será criado em Irati

Um dos objetivos é combater perdas econômicas para o produtor e para a sociedade, geradas pela falta de sanidade

Irati – No dia 13 de maio foi realizada uma reunião para a implantação do Conselho de Sanidade Agropecuária (CSA) em Irati. Estiveram presentes representantes da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), do Instituto Emater, de empresas ligadas ao setor agropecuário e da comunidade em geral. O Conselho ainda aguarda a definição da diretoria que deve ocorrer no próximo dia 09 de junho.

O consultor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado do Paraná (Senar – PR), Lírio Rebelatto, diz que é preciso mobilizar toda a sociedade para que se produzam alimentos sadios tanto na agricultura, como na pecuária. “Nós convoca-mos a comunidade toda, as lideranças, os produtores e os técnicos para juntos constituirmos um conselho que vai trabalhar para resolver os problemas de sanidade e evitar que novos apareçam. Este trabalho é para deixar de prejudicar o produtor, mas também para garantir aos consumidores produtos mais saudáveis”, explica Rebelatto.
Uma impressão errada que tem se espalhado é a de que o Conselho trata apenas da questão de sanidade animal, mais especificadamente da febre aftosa. Em 1997, quando os Conselhos foram criados o grande objetivo era discutir a febre aftosa e tentar erradicá-la do estado. Como isso já foi conseguido, agora o trabalho do CSA é muito mais amplo e vai abordar a questão sanitária geral da agricultura e da pecuária.
O CSA tem como objetivos:
- apoiar a defesa agropecuária na erradicação e controle de doenças conta-giosas para o homem, animais e vegetais;
- apoiar o planejamento e a execução das ações de defesa, inspeção, vigilância sanitária e segurança alimentar;
- agir contra perdas econômicas para o produtor e para a sociedade, geradas pela falta de sanidade.
“As atribuições do CSA são basicamente discutir alternativas, montar programas de educação sanitária e levar informações ao produtor e ao consumidor sobre a importância de nós termos sanidade agropecuária”, acrescenta o consultor.
Há alguns anos foram implantados conselhos de sanidade intermunicipais, mas segundo Rebellato esse modelo não deu certo porque os produtores não podem participar de reuniões em outros municípios, por não terem tempo disponível. Além disso, também houve falta de apoio de prefeituras, da Seab, Emater e da própria Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e do Senar. “Então estamos trazendo uma nova roupagem, um novo modelo do Conselho em cada município, que vai ter uma participação maior da prefeitura com um integrante dentro da diretoria”, afirma o consultor.
Para garantir a maior participação de toda a comunidade dentro do Conselho, a diretoria será composta da seguinte forma:
- Presidente: representante da iniciativa privada;
- Diretor Executivo: representante da iniciativa privada;
- Diretor Técnico de Sanidade Animal: representante local da Seab ou Emater;
- Diretor Técnico de Sanidade Vegetal: representante local da Seab ou Emater;
- Diretor de Mobilização: Secretário Municipal de Agricultura.
Em Irati, ainda falta a definição de alguns nomes, o que deve ocorrer já na próxima reunião que será realizada no dia 09 de junho e na qual serão traçados os métodos de ação do CSA de Irati.

Importância do CSA
Hoje o agronegócio é responsável por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, movimentando cerca de U$ 244 bilhões. Também participa com 36% do total de exportações, sendo o responsável pelos saldos positivos da balança comercial. Cerca de 37% dos empregos no Brasil são gerados pelo agronegócio.
Já o Paraná, representa os seguintes números dentro da produção nacional: 21% da produção de grãos; 22% da carne de frango; 14% da carne suína; 11% da produção de leite e 7% da carne bovina. Vale lembrar que a área que o Paraná ocupa dentro do território brasileiro é de apenas 2,3%.
“Gostaria de convocar a comunidade como um todo, porque esse não é um trabalho só para os produtores e técnicos. O slogan do nosso trabalho diz exatamente isso: ‘A comunidade é quem vai promover a sanidade’. Todo mundo precisa se consci-entizar da importância de termos sanidade nos nossos produtos, não apenas para vender no mercado externo, mas também para atender melhor o nosso consumidor”, conclui Rebelatto.

TEXTO E FOTO: MARINA LUKAVY.

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