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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O Pierrot apaixonado chora pelo amor da Colombina


Mas Colombina trocou seu amor por Arlequim

“A Colombina só quer um amor, que não encontra num braço qualquer, essa menina não quer mais saber de mal-me-quer”.
A origem dos tradicionais personagens que reaparecem na época do Carnaval, Pierrot, Arlequim e Colombina, está no século XVI. Nessa época, era comum a existência de grupos de teatro popular na Itália, os quais faziam suas apresentações nas ruas, improvisando espetáculos pelos cantos das cidades. As roupas e cenário eram guardados nas próprias charretes que os conduziam. O estilo era denominado Commedia dell’Arte.
O que se sabe sobre cada um dos personagens é que o Arlequim foi criado para entreter as pessoas durante os intervalos das apresentações, mas, pouco a pouco foi ganhando espaço até chegar a integrar as peças. Já o Pierrot, era um apaixonado desmedido, que, com seu rosto branco com uma lágrima negra, andava atrás de Colombina, que era uma moça simples e linda. O problema é que Colombina gostava também de Arlequim.
Enquanto Pierrot era sonhador e romântico, Arlequim era do tipo malandro, além de invisível, somente era visto por idosos, damas novas de boa educação e crianças. Ou aparecia rapidamente às mulheres quando lhes roubava um beijo.
Segundo escritos, o Arlequim tinha o costume de entregar o seu próprio coração às belas moças, que quando o comiam, acabavam se tornando também o Arlequim. Por isso, Pierrot tinha como meta capturar esse coração.
As tramas da Comédia da Arte geralmente eram repletas de sátiras sociais e relações amorosas problemáticas. De certa forma, a representação das peças ironizava os costumes da elite da época e trazia à população um entretenimento acessível, em substituição à Commedia Erudita, que era composta por atores que falavam latim e não eram acessíveis a muitos.
Pesquisadores de Escolas de Artes afirmam que, até os dias de hoje, a Commedia dell’Arte é um meio eficaz para o aprendizado e treinamento de atores e atrizes.
No Brasil, a peça teatral incentivou a produção várias marchinhas carnavalescas e canções que enfocaram a temática.
“O Pierrot apaixonado chora pelo amor da Colombina, e na esquina se mata a beber pra esquecer, pra esquecer” (Trecho da música Pierrot, de Marcelo Camelo).

TEXTO: SCHEYLA HORST, JORNAL HOJE CENTRO SUL.
FOTO: DIVULGAÇÃO.

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