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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Novas cédulas do real atenderão necessidades de deficientes visuais


As novas cédulas de R$ 50 e R$ 100 devem entrar em circulação ainda no primeiro semestre deste ano

Centro-Sul – Na última quarta-feira (03), o Banco Central do Brasil apresentou a segunda família de cédulas do real. A principal novidade está no tamanho, que varia de uma nota para outra: quanto maior o valor, maior a cédula. Essa medida pretende facilitar a identificação das cédulas por parte dos deficientes visuais. Além disso, a adoção de recursos gráficos sofisticados garantirá mais proteção contra as falsificações.
As notas entrarão em circulação gradualmente até 2012, mas as atuais continuarão a valer até a substituição integral. O processo de substituição vai se iniciar com as notas de R$ 50 e de R$ 100, porque são as que demandam maior proteção contra as tentativas de falsificação. A previsão é lançar as novas notas de R$ 10 e R$ 20 no primeiro semestre de 2011 e as de R$ 2 e R$ 5 no início de 2012. As datas exatas dos lançamentos ainda serão divulgadas pelo Banco Central (BC).
As duas “famílias” de notas conviverão juntas por um bom tempo, visto que não será necessário trocar as atuais pelas novas. As cédulas entrarão em circulação através dos bancos, dos caixas automáticos e da rede de comércio.
De acordo com informações do Banco Central, as estimativas apontam para um aumento de 28% nos custos de produção. Este se refere à aquisição de insumos mais sofisticados, e também à depreciação dos novos equipamentos instalados na Casa da Moeda Brasileira (CMB). “É importante observar que boa parte dos equipamentos teria que ser adquirida, ainda que o design das cédulas fosse mantido, por uma questão de necessidade de ampliação da capacidade fabril da CMB”, informa o Banco Central.
Sobre a nota de R$ 1, o BC afirma que, apesar de estar contemplada no projeto da nova família de cédulas do real, o seu lançamento não tem previsão. Isso porque, para este valor, o Banco Central vem priorizando a emissão de moedas, que apresentam uma relação custo-benefício muito superior a das notas, em função de sua durabilidade.

Tamanhos diferentes
A partir do lançamento da nova família do real, todas as cédulas terão tamanhos diferentes. A medida visa facilitar aos deficientes visuais o acesso ao dinheiro e à identificação das cédulas. A regra para os tamanhos é a seguinte: quanto maior o valor, maior a cédula. A nota de R$ 10 é a única que manterá o tamanho atual, 13,5 cm X 6,5 cm, as demais obedecerão as seguintes dimensões:
R$ 2 - 12,1cm x 6,5cm;
R$ 5 - 12,8cm x 6,5cm;
R$ 20 - 14,2cm x 6,5cm;
R$ 50 - 14,9cm x 7,0cm;
R$ 100 - 15,6cm x 7,0cm.

Contra a falsificação
A adoção de recursos gráficos mais sofisticados nas cédulas garantirá uma maior proteção contra as falsificações. Os novos equipamentos e insumos permitirão a impressão de desenhos mais complexos com maior precisão, aumentando a percepção de uma impressão de qualidade superior.
Alguns elementos de segurança já presentes nas atuais cédulas, como a marca d’água, o registro coincidente e a imagem latente, foram redesenhados de modo a facilitar a sua verificação pela população e dificultar a reprodução por falsários. Nas notas de R$ 50 e R$ 100, a maior mudança é a inclusão de uma faixa holográfica com desenho personalizado para cada denominação, um dos mais sofisticados elementos anti-falsificação existentes.

TEXTO: MARINA LUKAVY, COM INFORMAÇÕES DO BC.
FOTO: DIVULGAÇÃO.

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