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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Ferrugem da soja deve causar novamente queda de produção

A doença já bastante conhecida pelos produtores, chamada de ferrugem, é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e mais uma vez está tirando o sono dos produtores em toda a região. Mas por que ao fazer-se um levantamento do problema a campo são encontradas lavouras em diferentes situações de infecção? Os motivos são muitos, tais como pressão da doença numa determinada microrregião, dificuldade de fazer a aplicação do fungicida no momento programado, muitas vezes causado pelo clima, entre outros. Mas o que realmente tem provocado situações como uma lavoura ao lado da outra com diferentes níveis de controle, ou seja, uma tomada pelo fungo e a outra com baixa infecção, é o posicionamento das aplicações dos produtos. Não existem produtos “ruins” no mercado, afinal, todos passam por uma infinidade de testes e demoram anos para serem liberados para uso.O grande problema é que cada produto tem o seu “alvo” e o momento correto para ser aplicado. Em uma safra como está sendo esta, onde a previsão era de chuva acima do normal, não existe outra alternativa senão a de aplicações preventivas de produtos que proporcionam um bom residual, como as misturas de estrubirulinas e triazóis. Quem adotou esta estratégia está com a situação sob controle. E aí é que entra o tal posicionamento dos produtos. Infelizmente existem muitos produtores que ainda não acreditam no potencial destrutivo da doença ou ainda acham que conseguem diminuir custos fazendo a sua própria programação de produtos. É comum que produtores digam: “este ano quero ver se tiro a soja com duas aplicações de um produto bom (misturas) e uma no final de alguma com custo mais baixo”.Este tipo de situação é um grande perigo, afinal, estamos falando sobre doença e um ano é diferente do outro, não existe “receita de bolo”. Mas não se deve jogar a culpa somente no produtor, hoje ele se vê bombardeado por dezenas de vendedores que batem à sua porta e, logicamente, cada um vendendo o seu “peixe". Isto provoca uma grande confusão na cabeça do produtor, que acaba por errar na estratégia de combate à doença.
O produtor deve se apoiar em profissionais capacitados, empresas idôneas e que tenham na sua linha de produtos, soluções para seus problemas e não apenas produtos para vender. As grandes empresas, que investem muito no desenvolvimento de produtos, dificilmente tem o produto mais barato, mas no final acaba valendo o velho ditado: “o barato sai caro”.
Algumas destas empresas também colocam à disposição dos profissionais que trabalham na assistência, ferramentas de apoio que dão ainda mais segurança para o diagnóstico e a recomendação do momento certo de se aplicar um produto.
Em nossa região, a BASF, empresa alemã que atua em diversos setores da indústria química e que tem na sua divisão de agroquímicos um dos seus braços mais fortes, vem disponibilizando nestes últimos anos ferramentas como o minilab, já há quatro anos instalado na empresa Deforti, por exemplo. Neste ano, dois novos equipamentos, o YIELDMAX, uma pequena estação que mede em intervalos de tempo pré-determinados a temperatura, volume de chuvas, período de molhamento, etc, enviando estes dados a uma central que cruza os mesmos e detecta o momento em que as condições estão ideais para a infecção, disparando assim um alerta para que o produtor entre o quanto antes com o produto indicado. Este aparelho encontra-se instalado na Fazenda Xanadú, de propriedade da Família Karspzak. Outra ferramenta disponibilizada é o digilab, que é uma lupa eletrônica com aumento de até 200 vezes e que, ligada a um computador, coloca a imagem na tela e com auxílio de um programa desenvolvido pela BASF, interliga centenas de profissionais em todo o Brasil. Estas imagens são gravadas em um banco de dados, podendo ser trocadas e disponibilizadas a todos, possibilitando comparações de imagens e troca de informações sobre as doenças.
Todos os profissionais da empresa Deforti, e mais uma empresa de planejamento de Irati, possuem este equipamento e estão treinados para usá-lo como ferramenta de auxílio no diagnóstico e recomendações responsáveis e compro-metidas com o sucesso do produtor da nossa região.

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