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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

As mudanças na organização no trânsito de Irati vão resolver os problemas?

Irati – O município não foge à regra da maioria do país: possui uma cultura que privilegia o automóvel. Observando o trânsito de Irati, é perceptível que o fluxo de veículos é intenso e existem vários cruzamentos pouco sinalizados. O antigo e o tecnológico se chocam, sendo que um semáforo com contagem regressiva divide o espaço com uma via de paralelepípedos.
Segundo informações do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran), a frota total de veículos registrados em Irati até dezembro de 2009 era de 22625. Uma média de um meio de transporte para cada três pessoas. Mas, se a dependência do automóvel parece irremediável, algumas questões precisam ser levadas em consideração.

Organização do trânsito

Cidadãos de Irati solicitaram que o tema não saísse da pauta das reportagens. A equipe está atenta ao desenvolvimento do projeto que tem como fim melhorar a vida dos iratienses. A falta de planejamento do trânsito e o crescimento desmedido de fluxo fazem com que alguns pontos da área central cheguem perto do caos. A Comissão Municipal de Trânsito foi criada e, pouco a pouco, a prefeitura começa a fazer alterações, visando uma melhor organização e a minimização dos conflitos.
Alguns pontos da área central estão em obras. “É um conjunto de intervenções para a melhoria, uma depende da outra, mas elas estão caminhando juntas. Acredito que logo após o Carnaval elas comecem a se efetivar”, diz o diretor do Departamento de Arquitetura, Engenharia e Obras, Diórgenes Ditrich.
Dentre as ações em processo, as principais são:
- a instalação de alguns semáforos, após estudos de viabilidade;
- a retirada das pedras irregulares em áreas centrais, fazendo o reaproveitamento em bairros ainda sem pavimentação. “Com a pavimentação asfáltica é possível sinalizar melhor, fazer o controle das faixas de pedestre”, explica Ditrich;
- a finalização da Avenida Perimetral, que promete concentrar o trânsito de veículos pesados, estabelecendo horários de carga e descarga no centro;
- aumentar a fiscalização para que caminhões não circulem em alguns pontos;
- o uso do sistema Estar, de estacionamento rotatório;
- a implantação do sistema binário de trânsito, ou seja, algumas vias que eram de mão dupla passarão a ser de mão única. “A 19 de dezembro e a Antonio Cavallin vão ser de mão única”, conta Ditrich;
- algumas rotatórias vão ser implantadas e finalizadas;
- a remodelação dos passeios nas esquinas entre vias, que receberão revestimento e ganharão pontos de acessibilidade.
Ao fim do projeto, espera-se que o trânsito flua com mais tranquilidade e que o número de acidentes diminua.

O motorista
O personagem principal do trânsito é o motorista. Os boletins da Polícia Militar de Irati têm trazido com frequência ocorrências de pequenos acidentes sem vítimas. Nesses casos, jogar toda a culpa na organização do trânsito não é possível. Algumas palavras surgem: imprudência, imperícia e desatenção.
Mesmo após a implantação do semáforo na Rua XV de Julho, próximo à Feira do Produtor Iratiense, que foi uma reivindicação popular, acidentes continuam acontecendo na área. Na tarde da última quarta-feira (10), um acidente envolvendo três veículos deixou o tráfego caótico por cerca de 30 minutos, até a Polícia Militar chegar e fazer o registro. Logo após, houve a colisão entre um veículo e uma moto no semáforo da Rua XV com a Alfredo Bufren.
“Onde foi implantado semáforo, foi feita sinalização vertical indicando, foram feitas faixa de pedestre, então, esses acidentes não são nada mais nada menos que imprudência. As pessoas precisam aprender a viver numa cidade onde o número de carros é grande”.
De acordo com Diórgenes, existe um programa de campanha nas escolas, junto à Secretaria de Educação, para conscientizar sobre o respeito no trânsito. A expectativa é que as crianças, futuros motoristas e atuais pedestres, possam fazer a diferença.
Mas, e os adultos de hoje?

TEXTO E FOTOS: SCHEYLA HORST, JORNAL HOJE CENTRO SUL.

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