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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Estatísticas apontam redução de 30% nas ocorrências

Os dados foram apresentados pelo capitão Taborda na reunião semestral da PM

Centro Sul – Entre os dias 25 e 27 de agosto todo o efetivo da 2ª Companhia de Polícia Militar de Irati (PM) esteve reunido na Câmara Municipal de Irati. A reunião semestral teve como objetivo rever alguns conceitos e atualizar os policiais principalmente nas questões de gerenciamento de crises e negociação em ocorrências de alto risco. Durante a oportunidade foram repassados dados estatísticos que apontam uma redução de aproximadamente 30% no número de ocorrências atendidas em toda a região.
Além do comandante da 2ª Companhia, capitão Renato dos Santos Taborda, as reuniões tiveram a participação do delegado da 41ª Delegacia de Polícia Civil de Irati, Osmar de Albuquerque Pontes Júnior.
O delegado repassou aos policiais procedimentos a serem adotados em algumas situações como flagrantes, apreensão de menores, inquéritos e outras, destacando a importância do ajuste entre as duas polícias para a prestação de melhores serviços a comunidade.
De acordo com o capitão Taborda, a PM funciona como uma empresa cujo produto é a prestação de serviços para a comunidade. “Somos nós que buscamos garantir a segurança da população, e para isso nossos policiais tem que se qualificar através de instruções e da revisão de alguns aspectos funcionais que temos que ajustar no dia-a-dia no desenvolvimento das nossas atividades. A partir de todas as críticas da população, algumas orientações e sugestões através de um diálogo com os policiais, conseguimos ajustar algumas condutas para melhorar a nossa prestação de serviço”, destaca o capitão.
Depois das reuniões foram realizadas operações em alguns locais de Irati para intensificar melhor o policiamento e para o aprimoramento dos policiais. “Aproveitei que o efetivo está disponível e eles irão aplicar os conhecimentos em operações objetivando dar mais segurança para a comunidade”, conta o capitão.
Estatísticas da 2ª Cia
Um fato que chamou bastante a atenção na reunião semestral com o efetivo da 2ª Companhia foi a redução em aproximadamente 30% no número de ocorrências atendidas em toda a região, entre os anos de 2008, 2009 e nos primeiros meses de 2010. O comandante atribui a redução ao trabalho constante e ao modo como estão sendo desenvolvidas as atividades da PM. “Não estamos agindo somente de forma repressiva, e sim preventiva, tendo o conhecimento dos problemas locais aplicamos pontualmente o policiamento, e com a participação indispensável da comunidade e da mídia local”, salienta.
O tráfico de drogas ainda funciona como carro-chefe de vários crimes, chamados satélites como furto, roubo, invasão de domicílio e homicídio. Para o capitão usuários, traficantes e transportadores de drogas geram todo o contexto problemático na nossa região. Neste sentido, houve um aumento no número de apreensões de menores. “A legislação para menores é branda portanto, são usados pelos adultos nos crimes. Também se deve a ação contundente da polícia que apreende menores infratores”, completa o comandante.
As apreensões de armas de porte como revólveres, pistolas, garruchas, armas antigas ou remanufatu-radas também sofreram uma redução. “Nós tivemos uma diminuição pela efetivação dos nossos trabalhos preventivos de blitz, de policiamento ostensivo ou arrastões e outras operações pontuais”, fala Taborda. Atualmente são mais comuns as armas de uso na área rural, que tem a utilização impulsionada pela cultura de caça. Segundo as estatísticas o período mais comum em que ocorrem apreensões de armas é o das 14h às 18h, por isso, a PM está intensificando as ações nesse período.
As ocorrências envolvendo motoristas que dirigiam alcoolizados tiveram um aumento de 20% em função das constantes blitz realizadas na região. Também, aumentaram os encaminhamentos assistenciais que demonstram a carência de outros setores.
A elaboração de termos circunstanciados também diminu-iu, para o capitão, isso se deve ao policiamento ostensivo e preven-tivo. “As pessoas estão vendo o resultado do nosso trabalho através das prisões e muitos estão pensando duas vezes antes cometer alguma irregularidade. Junto a isso, temos a efetivação das condenações e o Poder Judiciário que realmente tem punido aqueles que agiram de forma incorreta”, afirma o comandante.
A elaboração do termo circunstanciado se dá quando a pessoa comete um crime de pequeno potencial e que tem pena máxima de dois anos. Esta pessoa então é levada pela PM para a 2ª Companhia para elaborar o termo e lá aceita o compromisso de comparecer em juízo. “No julgamento é chegado a um acordo, uma transação penal como nós chamamos, e esta pessoa vai pagar através de prestação pecuniária ou prestação de serviço a comunidade. Só que durante cinco anos ela não terá mais esse benefício, e a próxima vez que cometer uma infração será denunciada”, acrescenta.
Hoje, a PM recebe um número grande de denúncias o que demonstra que a população está confiando no trabalho dos policiais e colaborando para garantir uma maior segurança. “A população está entendendo que segurança pública é responsa-bilidade dos órgãos públicos como a PM e também da comunidade, que despertou para o fato que o policial é um prestador de serviço e um companheiro na ajuda destas pessoas. Assim, estamos conseguindo atingir esta interação da comunidade com a polícia”, conclui Taborda.

TEXTO E FOTO: MARINA LUKAVY

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