Rebouças - O dia 30 de agosto foi marcado como o dia de luta para os professores da rede estadual. A mobilização acontece há 22 anos, lembrando a violenta repressão contra os professores em1988. Neste ano, a mobilização foi um alerta: ’30 de agosto: pelo avanço, contra o retrocesso’.
Em Rebouças, este foi o primeiro ano em que professores da rede estadual de ensino aderiram à greve, fazendo uma passeata pelas principais ruas da cidade, não havendo aulas naquela data.
“Antiga-mente havia o receio, o medo de participar do direito de greve, que é garantido. Hoje, em nosso caso, os professores reivindicam não apenas melhorias salariais, mas também melhores condições de trabalho. Atualmente professores trabalham com mais de quarenta alunos em sala de aula. Isso, é totalmente inviável na educação de qualidade, além disso, a Escola Professora Maira Ignácia tem o material necessário mas não há o laboratório de Ciências” menciona o professor Cleto Castagnolli.Outro fato apontado por ele – naquela escola - é a falta de salas de aula, em que se fez necessária a locação de um ambiente particular para serem ministradas aulas para uma das turmas. No Colégio Estadual Professor Júlio César, segundo Castag-nolli, um aluno teve seu pé preso em um buraco existente no assoalho na sala de aula. “Professores queixam-se que está entran-do água, em dias de chuva, na sala da documentação escolar. Há um projeto aprovado para a reforma do colégio, mas até agora a liberação não saiu do papel, e quem perde são os alunos”, afirma Castagnolli.
A categoria, em nível estadual, aprovei-tou para divulgar as reivindicações deste 30 de agosto, como a equiparação salarial de 25,97%, pagamento de promoções entre outras.
Em Rio Azul, professores também aderiram à greve, porém sem manifestação pública.
TEXTO E FOTO: CLAYTON BURGATH
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