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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Astróloga afirma que os signos continuam sendo 12

Polêmica sobre a possibilidade de existirem 13 signos foi reacendida pelo astrônomo Parke Kunkle

Centro Sul – Há algumas semanas, astrônomos do Planetário de Minnesota, nos Estados Unidos, redefiniram o calendário do Zodíaco, provocando desordem nos signos, uma vez que a maioria das pessoas pertenceria ao signo anterior ao que julgava ser o seu. O novo signo seria o de Serpentário - ou "Ophiuchus".

O astrônomo Parke Kunkle explicou em várias entrevistas que por causa da atração gravitacional que a Lua exerce sobre a Terra, o alinhamento das estrelas foi empurrado por cerca de um mês. De acordo com os astrônomos de Minnesota, a nova ordem dos signos seria definida assim:
Capricórnio: 20/01 a 16/02
Aquário: 16/02 a 11/03
Peixes: 11/03 a 18/04
Áries: 18/04 a 13/05
Touro: 13/05 a 21/06
Gêmeos: 21/06 a 20/07
Câncer: 20/07 a 10/08
Leão: 10/08 a 16/09
Virgem: 16/09 a 30/10
Libra: 30/10 a 23/11
Escorpião: 23/11 a 29/11
Ophiuchus: 29/11 a 17/12
Sagitário: 17/12 a 20/01

Para esclarecer as dúvidas sobre este “13º signo”, o Jornal Hoje Centro Sul procurou a astróloga, Elizabeth Nakata, e o astrônomo, Roberto Costa, que explicaram como cada área vê a relação entre o céu e os seres humanos.

Astrologia
A Astrologia, em seus primórdios, fazia uma ligação entre as configurações de estrelas vistas no céu, com os eventos ocorridos na terra. Quando o estudioso das estrelas via brilhando Júpiter e Vênus no céu, bem próximos, observava que bons acontecimentos se sucediam. “A partir daí, sabendo em que datas essas posições se repetiriam, ele podia prever a melhor data para o seu rei iniciar uma batalha, que lhe conferiria vitória, por exemplo”, explica a astróloga.
Os astrólogos observam desenhos que planetas, estrelas e luminares traçam nos céus e a partir disso fazem suas previsões. “Desta forma, a Astrologia tem como objeto de estudo as configurações celestes e suas correlações com pessoas, eventos e países. A linguagem básica astrológica é simbólica, pois astros não exercem influência na vida terrestre. Seu foco é o homem na terra”, ressalta Nakata.
Segundo a astróloga, a Astrologia mais conhecida é a tropical, que coloca a Terra como centro e a partir da observação dela, foi traçada uma faixa de 360 graus, dividida em 12 partes iguais, e a cada uma dessas partes deu-se o nome de um signo. “Quando isso foi feito, o observador via que, quando o Sol aparente no céu estava na constelação de Áries, as pessoas nascidas nesse período tinham características dos mitos relacionados ao deus da guerra – Marte ou Ares – e, portant,o suas qualidades eram de liderança, agressividade, competitividade e outros mais. Pela lógica, nesse período, aquela faixa zodiacal de 30 graus passou a ser chamada de signo de Áries”, afirma.
Sobre as informações divulgadas pelos astrônomos a respeito do surgimento de um 13º signo, Nakata conta que a constelação de Ophiuchus é conhecida há muitos anos. “Não é a primeira vez que surge esta informação, a grande imprensa publicou uma notícia, confundindo signo com constelação, já em 1995. A capa da Revista da Folha de 12/02/95 traz em destaque a chamada ‘Guerra nas Estrelas’, exatamente a mesma chamada de capa que a Revista Veja publicou, mudando apenas a imagem”, defende a astróloga.
Para ela, há uma confusão entre signos e constelações. Signos são projeções virtuais e simbólicas, todos têm exatamente 30 graus de extensão. Constelações são inúmeras, dos mais variados tamanhos e existem concretamente no universo.
“Bons astrônomos e bons astrólogos sabem a diferença e não confundem ovos mexidos com omelete. A maioria dos astrólogos tem conhecimentos básicos de Astronomia. ambém fiz cursos de Astronomia na Escola Municipal de Astrofísica e sei do que estou falando, enquanto o astrônomo norte-americano deu um tiro no pé. A polêmica serve a diversos propósitos, mas, na verdade, quem acredita em Astrologia continuará acreditando e quem não acredita procurará sempre algum novo argumento para provar que é um conhecimento inválido. Para os que acreditam informo que signos e datas não mudaram, continuam a ser doze”, conclui Nakata.

Astronomia
O professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), Roberto Costa, enfatiza que a Astronomia é física aplicada, é a descrição dos corpos celestes, seus movimentos e o estudo dos processos físicos que ocorrem nos mesmos. “Astronomia estuda todos os corpos celestes, ou seja, tudo que está fora da atmosfera da Terra. Este estudo inclui posições, movimentos, características morfológicas e processos físicos que neles ocorrem”, esclarece Costa.
Segundo o professor, não existe a menor relação entre a posição do Sol e dos demais planetas no céu e a personalidade das pessoas. “Isso já foi comprovado por diversos testes estatísticos. Os astrônomos sabem que astrologia é apenas uma superstição”, acrescenta.
Para ele, não houve o surgimento de um 13º signo e explica que o Sol transita por 13 constelações ao longo do ano e que isso não aconteceu de uma hora para outra, é assim há séculos. “Qualquer criança que brinque com programas computador que mostrem o movimento dos astros no céu sabe disso. Imagino que o assunto tenha sido muito discutido nas últimas semanas simplesmente porque foi citado em alguma agência de notícias internacional”, encerra o professor.

Texto: Marina Lukavy

Um comentário:

31193200 disse...

A VERDADE SOBRE O 13º SIGNO

Recentemente, apareceu no “mercado americano” o 13º “signo” que os astrônomos chamam de Serpentário. Na realidade, Serpentário não é um signo e sim uma constelação que está entre Escorpião e Sagitário. No meu livro CONHEÇA A ASTROLOGIA PARA MELHOR SE CONHECER publicado pela Editora Baraúna lanço uma nova teoria sobre o zodíaco como sendo o próprio campo magnético terrestre ORIGINADO na FORMAÇÃO DA TERRA e IMUTÁVEL. Logo, se existiu sua influência ela foi incorporada às de Escorpião e Sagitário, ou então ela estava fora da eclíptica (caminho do Sol).