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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Fumicultura do PR será tema de Fórum Regional

Centro Sul – Fumicultores representantes de mais 33 mil famílias que atuam nesta atividade no Paraná participam de mobilização durante o “Fórum Regional de Desenvolvimento e Agricultura”, dia 30 de junho, a partir das 13h30, no Salão de Eventos Italiano, em Irati. O tema central do encontro é o debate sobre a importância da atividade fumageira para o desenvolvimento econômico e social em todas as esferas de governo. Os trabalhadores rurais têm esperança de que, pela informação, acabem as tentativas frequentes de enfraquecimento da atividade fumageira nas regiões produtoras.
Constam na pauta de debates do Fórum, a organização do sistema produtivo, conjuntura da produção do tabaco, diversificação e perspectivas para o setor. A partir das conversações que as lideranças ligadas à fumicultura mantiverem com os trabalhadores rurais, será preparada uma pauta de propostas para envio à Câmara Setorial do Tabaco, deputados, representantes do governo federal e estadual e entidades de classe.
Felipe Lucas, deputado da região, diz que, ao invés de ataques e tentativas de enfraquecimento, o setor deveria ser reconhecido pelas divisas que gera ao país (mais de R$ 8 bilhões de arrecadação em impostos), sem contar a cadeia produtiva, que emprega mais de 800 mil pessoas nas lavouras de tabaco e outras 30 mil na indústria.
O vice-presidente nacional da Associação Brasileira dos Fumicultores (Afubra), Heitor Petry, com presença confirmada no Fórum, acredita que o evento ajudará a corrigir distorções graves praticadas contra esses trabalhadores rurais. “O fumicultor precisa ser ouvido para não ser vítima de pessoas desinformadas, responsáveis pelo preconceito, o que só provoca medo e insegurança”, segundo o dirigente.

Diversificação
O Sr. João Sávio tem 25 dos 59 anos de idade dedicados à fumicultura em Guamiranga. Possui uma lavoura de aproximadamente 35 mil pés de tabaco plantados em dois hectares de terra e uma estufa à lenha. Produz 2 a 3 mil quilos de tabaco ao ano e, com isso, leva uma vida confortável. Ele encaixa-se no perfil da grande maioria dos fumicultores do Paraná. Comemora as suas conquistas, mas diz que, nas conversas com a esposa, uma coisa lhe tira o sono: “imaginar como seria o futuro da família com a restrição da atividade da fumicultura sem haver planejamento, muita conversa e debate”.
Felipe Lucas afirma que, a exemplo do agricultor de Guamiranga, os fumicultores reconhecem a importância da diversificação de culturas. Assim como os trabalhadores, o deputado ressalta que esse processo deve ser gradual, priorizando investimentos, diálogo e bom senso. “As autoridades e a comunidade precisam saber, acima de tudo, quem é o nosso fumicultor, respeitar a história que ele construiu com o seu passado”, acrescenta.

Meio ambiente
O presidente do Sindicato Patronal Rural de Irati, Mesaque Kekot Veres, ressalta que a falta de informação esconde outra rotina que faz parte do dia a dia dos fumicultores: a consciência sobre a preservação com o meio ambiente. Neste sentido, o Fórum será importante para que se aprofundem as discussões em torno de uma legislação ambiental que respeite as características da região, o tipo de solo e o perfil do agricultor que nele vive e trabalha, de acordo com o dirigente.

Texto: Assessoria.

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